sexta-feira, 30 de novembro de 2007

As coisas que se dizem 2

Ninguém pode ser preso, detido ou exilado injustamente ou sem razão...

quinta-feira, 29 de novembro de 2007

terça-feira, 27 de novembro de 2007

Emoções



Quando eu estou aqui
Eu vivo esse momento lindo
Olhando pra você
E as mesmas emoções sentindo
São tantas já vividas
São momentos que eu não esqueci
Detalhes de uma vida
Histórias que eu contei aqui
Amigos eu ganhei
Saudades eu senti, partindo
E às vezes eu deixei
Você me ver chorar, sorrindo
Sei tudo que o amor
É capaz de me dar
Eu sei já sofri
Mas não deixo de amar
Se chorei
Ou se sorri
O importante
É que emoções eu vivi
São tantas já vividas
São momentos que eu não esqueci
Detalhes de uma vida
Histórias que eu contei aqui
Mas eu estou aqui
Vivendo esse momento lindo
De frente pra você
E as emoções se repetindo
Em paz com a vida
E o que ela me traz
Na fé que me faz
Otimista demais
Se chorei
Ou se sorri
O importante
É que emoções eu vivi

Se chorei
Ou se sorri
O importante
É que emoções eu vivi

Erasmo Carlos

segunda-feira, 26 de novembro de 2007

Amor


Quando a luz dos olhos meus
E a luz dos olhos teus
Resolvem se encontrar
Ai que bom que isso é meu Deus
Que frio que me dá o encontro desse olhar
Mas se a luz dos olhos teus
Resiste aos olhos meus só p’ra me provocar
Meu amor, juro por Deus me sinto incendiar
Meu amor, juro por Deus
Que a luz dos olhos meus já não pode esperar
Quero a luz dos olhos meus
Na luz dos olhos teus sem mais lará-lará
Pela luz dos olhos teus
Eu acho meu amor que só se pode achar
Que a luz dos olhos meus precisa se casar.

Vinicius de Moraes

domingo, 25 de novembro de 2007

Imagine

John Lennon

Imagine there's no heaven,It's easy if you try,No hell below us,Above us only sky,Imagine all the peopleliving for today...
Imagine there's no countries,It isnt hard to do,Nothing to kill or die for,No religion too,Imagine all the peopleliving life in peace...
Imagine no possessions,I wonder if you can,No need for greed or hunger,A brotherhood of men,imagine all the peopleSharing all the world...
You may say I'm a dreamer,but Im not the only one,I hope some day you'll join us,And the world will live as one

Imagine que não exista nenhum paraíso.
É fácil se você tentar.
Nenhum inferno abaixo de nós.
Sobre nós apenas o firmamento.
Imagine todas as pessoas Vivendo pelo hoje...
Imagine que não exista nenhum país.

Não é difícil de fazer.
Nada porque matar ou porque morrer.
Nenhuma religião também.
Imagine todas as pessoas Vivendo a vida em paz...
Imagine nenhuma propriedade.

Eu me pergunto se você consegue.
Nenhuma necessidade de ganância ou fome.
Uma fraternidade de homens.
Imagine todas as pessoas compartilhando o mundo todo.
Você talvez diga que sou um sonhador.

Mas eu não sou o único.
Eu espero que algum dia você se junte a nós.
E o mundo viverá como um único.

Imagine

sábado, 24 de novembro de 2007

Tango

A arte e a sedução no dançar o tango não está para todos os dançarinos. é necessário mais que ritmo e agilidade, o segredo está na paixão, no querer dar e querer receber, na exigência da entrega e na tentativa de, de dois corpos fazer um só... é isto o tango.
Nele há fogo, raiva e rituais explícitos de amor, uma união para a perfeição.

quinta-feira, 22 de novembro de 2007

Kevin Carter


Espreitando a morte

Em 1994, o fotógrafo Sudanês Kevin Carter ganhou o prêmio Pulitzer de foto jornalismo com uma fotografia tomada na região de Ayod (uma pequena aldeia em Suam), que percorreu o mundo inteiro. A figura esquelética de uma pequena menina, totalmente desnutrida, recostando-se sobre a terra, esgotada pela fome, e a ponto de morrer, enquanto num segundo plano, a figura negra expectante de um abutre se encontra espreitando e esperando o momento preciso da morte da garota. Quatro meses depois, abrumado pela culpa e conduzido por uma forte dependência às drogas, Kevin Carter suicidou-se.

quarta-feira, 21 de novembro de 2007

Aniversário


Veinte anos de estar juntos, esta tarde se han cumplido, para ti flores, perfumes para mi...!Algunos libros!
No te he dicho grandes cosas porque no me habrian salido, ! ya sabes cosas de viejos! !Requemor de no haber sido!
Hace tiempo que intentamos bonar nuestro Destino, Tú bajabas la persiana. Yo apuraba mi ultimo vino.
Hoy En esta noche fría casi como ignorando el sabor de soledad compartida, quise hacerte una canción, para cantar despacito, como se duerme a los ninos. Y ya ves solo palabras, sobre notas me han salido.
Que al igual que tú y que yo, se soportan amistosas, ni se importan ni se estorban, mas non son una canción.
...Qué helaba está esta casa. ...Será que está cerca del Rio. ...O es que entramos en invierno. ...Y están llegando... ...Están llegando los fríos.

Poema de Patxi Andión

segunda-feira, 19 de novembro de 2007

O caminho

Na passagem pela vida, os convivas "navegam" para um lugar feliz « os aborrecimentos que perturbam os homens, evadem-se dos seus peitos, e, como num oceano, de riqueza, entre ouro em abundância, todos navegam para a margem enganadora... com os corações domados pela videira».
Píndaro 480 ac (Athénée )

domingo, 18 de novembro de 2007

Pisando as uvas







Todo o acto criativo exige duas condições: silêncio e solidão. Complementarmente conduz a dois tipos de encontros: com os livros essenciais e com determinadas pessoas.
Foi longa e difícil a adaptação dum espécie do género Vitis às funções de fornecedora de uvas de vinho.Percorreu o seu caminho no espaço e no tempo.Partiu do Cáucaso em todas as direcções com excepção do norte.
Assim fala o meu amigo Falcão Fonseca no seu próximo livro Aspectos sócio-culturais do vinho.
Fotografias de uma adega em Alpiarça

sábado, 17 de novembro de 2007

Fala do homem nascido

Venho da terra assombrada, do ventre da minha mãe.
Não pretendo roubar nada, nem fazer mal a ninguém.
Só quero o que me é devido, por me trazerem aqui.
Que eu nem sequer fui ouvido, no acto de que nasci.

Trago boca para comer, e olhos para desejar.
Tenho pressa de viver, que a vida é água a correr.
Venho do fundo do tempo; não tenho tempo a perder.

Minha barca aparelhada, solta o pano rumo ao norte.
Meu desejo é passaporte, para a fronteira fechada.
Não há ventos que não prestam, nem marés que não convenham.
Nem forças que me molestem, correntes que me detenham.
Quero eu e a natureza, que a natureza sou eu.
E as forças da natureza, nunca ninguém as venceu.

Com licença! Com licença!
Que a barca se fez ao mar.
Não há poder que me vença.
Mesmo morto hei-de passar.
Com licença! Com licença!
Com rumo à estrela polar.

Poema de António Gedeão

sexta-feira, 16 de novembro de 2007

As botas do nosso caminho

Ao longo da vida acostumamos-nos aos apertos de calos consentidos, e caminhamos no ritmo a que consideramos ser o mais certo para o nosso relógio das pressas. Por vezes apressamos o passo, quando nos apercebemos que o nosso passo não é coincidente com os que nos rodeiam, e parecemos que não temos coordenação nos nossos movimentos. É assim até sentirmos que cada um tem o seu próprio caminhar, seja com botas apertadas ou com sapatilhas de pano.

quinta-feira, 15 de novembro de 2007

Corredor de fundo



Espelho, amigo verdadeiro,Tu reflectes as minhas rugas, os meus cabelos brancos, os meus olhos míopes e cansados.
Espelho, amigo verdadeiro,Mestre do realismo exacto e minucioso, obrigado, obrigado!
Mas se fosses mágico, penetrarias até ao fundo desse homem triste, descobririas o menino que sustenta esse homem.
O menino que não quer morrer, que não morrerá senão comigo, o menino que todos os anos na véspera do Natal pensa ainda em pôr os seus chinelinhos atrás da porta.

Manuel Bandeira ( Lira dos cinquent' anos)

segunda-feira, 12 de novembro de 2007

Petróleo


O fim do mundo como o conhecemos, está à distância da mais simples ganância e necessidade de manter o padrão de vida que nos habituámos. Espera-se em silêncio, desfechos inéditos.

Assistimos a comportamentos desviantes, daquilo a que chamamos de Ética e sentido de bom senso. Até os responsáveis pela guarda dos preceitos religiosos que conduzem a paz, amor e fraternidade, assobiam para o lado, distraídos da realidade que fingem não se aperceber. Aguardamos, perplexos, incrédulos e esperançados no acordar da razão.

S. Martinho

Lenda
Martinho era um valente soldado romano que estava a regressar da Itália para a sua terra. Montado no seu cavalo estava a passar num caminho para atravessar uma serra muito alta, chamada Alpes, e, lá no alto, fazia muito, muito frio, vento e mau tempo. Martinho estava agasalhado normalmente para a época: tinha uma capa vermelha, que os soldados romanos normalmente usavam.
De repente, aparece-lhe um homem muito pobre, vestido de roupas já velhas e rotas, cheio de frio que lhe pediu esmola. Infelizmente, Martinho não tinha nada para lhe dar. Então, pegou na espada, levantou-a e deu um golpe na sua capa. Cortou-a ao meio e deu metade ao pobre.
Nesse momento, de repente, as nuvens e o mau tempo desapareceram. Parecia que era Verão!
Foi como uma recompensa de Deus a Martinho por ele ter sido bom.
É por isso que todos os anos, nesta altura do ano, mesmo sendo Outono, durante cerca de três dias o tempo fica melhor e mais quente: é o Verão de São Martinho.






Em dia de S. Martinho
Na adega prova o teu vinho.

Martinho bebe o vinho.
E deixa a água para o moinho.

Em dia de S. Martinho
Lume , castanhas e vinho...

Pelo S. Martinho
Fura o teu pipinho.

No dia de S. Martinho
Mata o teu porco
E prova o teu vinho.
- Diz o povinho, lambendo o beicinho.

domingo, 11 de novembro de 2007

José Dias Coelho

Tipografia Clandestina da oposição ao "Estado Novo" de António Oliveira Salazar ( 1926-1974 )

Gravura de José Dias Coelho, onde o medo e a esperança é captada pelas expressões retratadas e a pressa imprimida nos movimentos de grande convicção nos objectivos a que se tinham proposto.

sexta-feira, 9 de novembro de 2007

Um novo Ano



É grande a alegria destes amigos ao saberem que faz anos hoje o "postador" deste blogue

quinta-feira, 8 de novembro de 2007

Água, Ar, Céu, Silêncio e Claridade


As dificuldades perante as coisas simples, como a sentirmos-nos bem na natureza, não é mais que a inaptidão que vamos criando ao adquirir-mos artimanhas para a sobrevivência, noutra selva que nos consome lentamente. ( Raikar Sequi )
Foto de Manuel Traquina

quarta-feira, 7 de novembro de 2007

Água




O sentido de estar preso é horrível, ver o azul do céu e o azul da água e apetecer fazer voos rasantes sobre a imensa mansidão a caminho d'um éter desconhecido, como se de braços abertos se pudesse agarrar o ar que nos falta nos pulmões depois do grito de liberdade. É assim que morre devagar o eterno sonhador, de um mundo quase perfeito...
Foto de Manuel Traquina

terça-feira, 6 de novembro de 2007

Guernica

A eterna revolta dos nossos valores adulterados, estão em todas as leituras, que de frente de lado, ou até mesmo a fazer o pino, se podem fazer sobre o horror da guerra e das suas injustiças

A perder de vista, até ao Castelo do Bode

Perante as águas me fiz gente, perante gente me fiz às águas, perante a vida encaro a morte e perante a morte encaro a vida.

Foto de Manuel Traquina

segunda-feira, 5 de novembro de 2007

No fim das suas traquinices diárias, o mais valente, e sonhador de um mundo melhor, descansa confiante na leveza da protecção, que o estimula a crescer e a ter sonhos de grandeza e de liberdade! (?)

domingo, 4 de novembro de 2007

O Grito

Há-de ser sempre, a tela que revela o grito que ensurdece, o estar no meio de todos e sozinho, a lucidez fria que nos magoa ou a incompreensão do que nos rodeiam, a visão má de ver tudo de forma diferente da multidão ou o deslumbramento da loucura

sábado, 3 de novembro de 2007

Novembro

É complicado. Eu sei que é complicado, no entanto, neste mês de Novembro, mais que em qualquer outro mês, talvez por força de habito, rumamos com mais frequência ao cemitério onde prestamos culto aos nossos mortos, pela forma como isso nos faz sentir a sua presença viva entre nós, pela vida que nos deram, pelos exemplos que nos deixaram e pelas palavras que não lhes dissemos...
Porque a nossa existência, tem na nossa vivência, sentidos simbólicos, cada um agarra-se como pode a símbolos que quer crer, serem mais fortes e por isso que podem ter valor de perdurar além de todos os tempos, esquecendo que tudo que conquistámos, construímos ou amealhámos... tudo se há-de reduzir a pó anónimo.

As atitudes perante a morte, nomeadamente nos cemitérios mostra-nos, as nossas atitudes perante a vida e até o medo do esquecimento da centelha que por aqui passou, que por acaso teve o nosso orgulhoso nome. Escritos em pedra rija, para alimentar a esperança que depois de morto, se continua vivo....

"Um túmulo basta agora àquele para quem não bastava o mundo inteiro"
Epitáfio de Alexandre Magno

sexta-feira, 2 de novembro de 2007

Passeio a pé

Só quem anda a pé, pode sentir a diferença, entre os tempos apressados em que vivemos e os tempos de felicidade readquirida, quando temos coragem para regressar às origens, e com todo o tempo do mundo, vemos, ouvimos e partilhamos o meio que nos rodeia.
( Fotografia de Manuel Traquina)

quinta-feira, 1 de novembro de 2007

Viver com a Liberdade

Recanto de rara beleza que se pode encontrar perto do Souto, onde Manuel Traquina, em 2007, registou para os vindouros .