segunda-feira, 4 de dezembro de 2023


Profeta messiânico num tempo em que os Judeus estavam de novo dominados pelos gentios, Jesus surge-nos das brumas de uma heterogénea historiologia como alguém especialmente preocupado com as condições de desagravo de Deus. Do Deus dos Judeus; sempre, em absoluto, o seu. 

Obter a boa vontade divina constituía, afinal, condição essencial do desejado êxito messiânico. Despoletado por uma preconizada mobilização populacional por ocasião da Páscoa, em Jerusalém.

Contudo, não bastou! A expetativa apelativa do fim do mundo será assim iludida. A libertação não chegará.

Com o tempo, os seus seguidores hão de espiritualizar a sua memória; com as consequências ressurrecionais bem conhecidas. A frustração messiânica transforma-se, então, no desiderato remissor. O fracasso da vida, no triunfo da redenção.

Num Mundo Mediterrâneo em que a mitologia redentora estava, afinal, em pleno desenvolvimento. Em que personagens como Paulo, se encarregarão de estruturar, universalizar e deificar propósitos. Transformando, assim, o insucesso em sucesso!