sexta-feira, 28 de setembro de 2007

Um ribeiro na Chamusca




Na saída norte do Concelho da Chamusca, a água corre como aqui vemos, azul, num lugar aprazível e fresco, por entre as ramagens verdes, destes dias de outono.



quarta-feira, 19 de setembro de 2007

É que até já vivi...


Após uma manhã de trabalho, que se mostrou produtivo e simplificador de meios, com o meu Coordenador de edição da colecção literatura e um novo autor, que nos vai enriquecer a colecção, partimos para um almoço de descompressão.
Após uma volta linguística, do Portugal de Abril ao Portugal actual, verificámos que em todo este tempo as estórias se misturam e as realidades são aclaradas de uma forma que por vezes cria mágoa.
A disponibilidade manifestada, ao longo de décadas, em nome da cidadania e das nossas crenças, foram motores de experiências e vivências que desnudam as palavras, que nos atiram, de forma imberbe e acusatórias, por tomarmos partido e de termos ideais.
Ao perceber isto, percebo que até já vivi...

terça-feira, 18 de setembro de 2007

Inquisição na Chamusca


Chamusquenses que saíram em auto-de-fé 41
- Naturais do Concelho 36
- Chamusquenses por adopção 5
Assim distribuidos;
- Vila da Chamusca 30
- Vila de Ulme 1
- Vale de Cavalos 3
- Residentes fora do Concelho 7
Motivos;
- Judaísmo 16
- Juramento blasfemo 2
- Por diminuto 2
- Negativo e pertinaz 3
- Abjuração de veemente 1
- Casar 2ª vez ( sendo viva a 1ª mulher ) 1
- Actos desonestos 1
- Feitiçaria 1
- Pacto com o diabo 2
- Acções torpes 2
- Porque sim 1

segunda-feira, 17 de setembro de 2007

Fazer e Refazer a História


Em plena guerra civil, no mês de Abril de 1834, D. Miguel I, esteve na Chamusca onde se encontrou com o Espanhol D. Carlos de Bourbon, numa casa na "formiga" então pertença da família Coutinho. Um bêbado local, o Silva Albardeiro, estimulado por liberais locais foi à noite, ao pé da referida casa dar vivas à liberdade. D. Miguel assomou à janela, riu-se, falou ao manifestante e mandou dar-lhe mais vinho. O Silva Albardeiro, sentiu-se honrado e logo ali, se esqueceu da liberdade e passou a dar vivas a D. Miguel.....

quinta-feira, 13 de setembro de 2007

Isto é que é tabaco


Encontrei o meu amigo Gil, que me faz sempre cada pergunta que mais parecem duas. Hoje acicatou a seguinte. "Para que serve terem posto nos maços de tabaco, que o tabaco mata, que o tabaco causa impotência, que o tabaco, isto e mais aquilo, e naqueloutro?".

Disse-lhe que não sabia, naquele meu feitio, de não querer saber disso, para nada, uma vez que nem fumo nem nunca fumei nem me vejo agora a começar a fumar. Sorriu admirado, troçou da minha ignorância, e pôs-se a falar alto, como se necessita-se de se ouvir;
- Apoio aos produtores de tabaco, em vez de comes, fumo, em vez de saúde, diz que mata, pode circular livremente, apesar dos seu malefícios serem conhecidos, cobra-se impostos do que mata e não se impede, bla bla bla bla, tu não sabes, mas mestre Gil sabe.
E lá foi o Vicente a rir-se da minha confessa inabilidade para compreender, estas e outras perguntas, que sempre me faz.

segunda-feira, 3 de setembro de 2007

Direitos Humanos


A grande mensagem do século XVIII, é a Declaração dos Direitos Homem e do Cidadão (1789) pode ser sintetizada pela afirmação de um direito social fundamental. O fim da sociedade é a felicidade comum. A essência da Declaração apoia-se na ideia de que, ao lado dos Direitos de Homem e do Cidadão, existe a obrigação de o Estado respeitar e garantir os Direitos Humanos, facto que se apresentou em oposição às ideias em que os Direitos Humanos eram concebidos como direitos naturais, impostos por Deus em favor dos monarcas e aristocratas, para justificar as violências que praticavam. O século XVIII substitui, em síntese, a fundamentação teológica por um fundamento racionalista da mesma questão: Direitos Humanos.

"Papéis Velhos"


Nas leituras de fim de semana, apareceu sei lá bem como, mais uma pérola de 1961. O livro retirado dos papéis velhos é de autoria de Francisco Manso Preto Cruz, um defensor da monarquia que tenta explicar, os passos dados por Portugal, enquanto teoria monárquica e como é "mau" a república, assinalando aspectos económicos, religiosos e de grandeza e pequenez de factos, que de lamuria em lamuria, acaba por nos explicar a falta de coragem (a seu ver) que o nosso país enfrentou, em datas que necessitavam de coragem e decisão.
Reconhece a nossa tendência, em acreditar, que tudo se há-de arranjar, mais tarde ou mais cedo e o que é preciso é esperar....
A Páginas tantas tem esta pérola "Quando a Pátria está em perigo, Ela exige que se violem as leis que a traíram..."

O desespero das causas são irracionais e o que os nossos olhos guardam ao longo da vida é espólio fotográfico perdido com a morte.