Se a virem por aí, em desalinho, sem compostura
Correndo de rua em rua, porta em porta, à procura
Não se sabe bem do quê...
Não façais mal à pobre louca!...
O sofrimento é muito a saúde é pouca.
Quem pode dizer algo de sua vida?
Quem sabe se terá sido uma “ bela adormecida “
Que a tormenta arrebatou do seu encanto...
Quem sabe se grande esperança a leva a caminhar
Ou forte dor a não pode deixar parar.
Olhai, quem aí vem!...Traz uma luz à sua frente...
E como Diógenes, olha perto para toda a gente...
É ela! Mão estendida e vela acesa em pleno dia!
Cabelo ao vento, rosto pálido, olhar vago, sem alegria
Onde se estampa o calvário doloroso dos seus filhos.
É ela! ...que tudo corre, tudo olha, tudo busca...
É ela!... a figura nobre da Chamusca
À procura dos seus filhos!...
( Poema de António Bento )
Correndo de rua em rua, porta em porta, à procura
Não se sabe bem do quê...
Não façais mal à pobre louca!...
O sofrimento é muito a saúde é pouca.
Quem pode dizer algo de sua vida?
Quem sabe se terá sido uma “ bela adormecida “
Que a tormenta arrebatou do seu encanto...
Quem sabe se grande esperança a leva a caminhar
Ou forte dor a não pode deixar parar.
Olhai, quem aí vem!...Traz uma luz à sua frente...
E como Diógenes, olha perto para toda a gente...
É ela! Mão estendida e vela acesa em pleno dia!
Cabelo ao vento, rosto pálido, olhar vago, sem alegria
Onde se estampa o calvário doloroso dos seus filhos.
É ela! ...que tudo corre, tudo olha, tudo busca...
É ela!... a figura nobre da Chamusca
À procura dos seus filhos!...
( Poema de António Bento )