sábado, 29 de dezembro de 2007

Poema da Natália



Nas águas turvas do tempo eu lutei.
Por mais que faça, ou que tentem fazer-me,
Pouco adianta.
A minha sina, é morrer.
Todos os dias morro um pouco.
Dia após dia, sinto a vida a fugir
Como se tivesse medo de mim.
Há muito, vivo nas trevas de onde não mais sairei
São trevas sem fim, onde por engano entrei
Que hei-de fazer, senão aguardar a minha hora..
Só não queria fazer sofrer aqueles que me adoram.
Dói-me de duas maneiras, uma delas, é o que sofro.
Outra o que faço sofrer, tentando fazer o melhor
Acabo por fazer o que não devia fazer.
E nas águas turvas do tempo,
Tempo que com o tempo vai passando
Nas trevas me deixando, sempre com o meu tormento
E o meu sofrer.
"Natália"

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